A cada ano acompanhamos um aumento gradativo da violência,
diante dos olhos da sociedade passam relatos dos mais variados e cruéis crimes.
Em função disso a população carcerária vem crescendo a ritmos assustadores e os
índices de criminalidades batem recordes mensais.
Muito se tem falado e discutido a esse respeito, diversas
propostas e leis tem sido apresentadas no congresso visando trazer uma solução
para esses problemas evidentes que tiram o sono da sociedade brasileira, entre
a população brasileira se ouvem dezenas de soluções apontadas pelos cidadãos,
alguns acreditam que a pena de morte pode ser a solução, outros mais moderados
são a favor da prisão perpetua e existem aqueles que pregam a redução da
maioridade penal.
Para apontar soluções e indicar caminhos para estas questões
existe uma ciência chamada Criminologia forense, que se ocupa de estudar os
controles sociais dos delitos, estudando as relações entre as vitimas, os
criminosos e o meio social, também tem como objetivos estudar o criminoso a
criminalidade e o crime cometido, sendo de fundamental importância para a
elaboração de estudos e políticas de redução de criminalidade e de recuperação
de delinquentes.
A Criminologia foi estruturada como modalidade acadêmica a
partir do ano de 1876 quando o estudioso Cesare Lombroso lançou sua obra
chamada “ L’Uomo Delinquente “ que retratava sua teoria sobre a delinquência
nata no ser humano, chegando a defender que o delinquente possuía
características físicas e hereditárias reconhecíveis.
Logo em seu inicio foram então formuladas duas teorias fundamentais para o avanço nos estudos da criminologia, a teoria de Cesare lombroso e a teoria defendida por Rousseau que explicava a delinquência com origem na sociedade, mais especificamente no meio em que o delinquente vivia. E durante muitos anos estas duas correntes se opuseram visando provar sua eficiência. Estas correntes foram então chamadas de orgânicas e sociológicas.
Logo em seu inicio foram então formuladas duas teorias fundamentais para o avanço nos estudos da criminologia, a teoria de Cesare lombroso e a teoria defendida por Rousseau que explicava a delinquência com origem na sociedade, mais especificamente no meio em que o delinquente vivia. E durante muitos anos estas duas correntes se opuseram visando provar sua eficiência. Estas correntes foram então chamadas de orgânicas e sociológicas.
A teoria de Cesare Lombroso, mais tarde foi contestada por
Charles Goring, que após realizar diversos estudos, pesquisas e testes
comparativos entre a população carcerária e os cidadãos idôneos, não conseguiu
encontrar nenhum traço ou característica física aparente que pudesse
identificar os delinquentes “natos “.
Estas duas correntes com o tempo, tornaram-se sem efeito pratico, pois não conseguiram explicar o fenômeno da delinquência e nem tão pouco apontar soluções viáveis para a resolução destes problemas, pois em sua origem ambas tinham falhas em seus conceitos fundamentais.
Estas duas correntes com o tempo, tornaram-se sem efeito pratico, pois não conseguiram explicar o fenômeno da delinquência e nem tão pouco apontar soluções viáveis para a resolução destes problemas, pois em sua origem ambas tinham falhas em seus conceitos fundamentais.
Surge então uma mudança de paradigma em relação à criminologia e
o estudo da delinquência, passando os especialistas a abandonar as correntes
causais defendidas por Lombroso e Rousseau.
Agora a criminologia passa a não mais acreditar em causa para
identificar e estudar a delinquência, e sim nos fatores, aproximando a
criminologia de outras ciências como a psiquiatria, medicina, teologia,
sociologia e direito entre outras.
Esses fatores são os biopsicossociais, Bio onde se leva em conta
a estrutura física, biológica e hereditária do delinquente, Psico onde se
analisa toda a estrutura psicológica, metal e emocional, e social que leva em
consideração o meio em que o delinquente foi criado e vive.
Esta equipe multidisciplinar tem como meta estudar e definir
todos os fatores que levam o delinquente a praticar determinado tipo de crime,
sejam eles cometidos por uma pessoa de forma isolada, por um determinado grupo
social ou por um assassino em serie, bem como desenvolver a reintegração do delinquente
a sociedade e mudanças no sistema carcerário.
Serve também a criminologia como ferramenta de assessoramento
para magistrados, promotores e delegados de policia, fornecendo dados
estatísticos e pesquisas que possam ajudar no trabalho de manutenção da justiça
e da segurança publica.
Trata a criminologia então de promover um amplo debate reunindo
especialistas de toda a sociedade, visando elaborar medidas eficazes de combate
à criminalidade, recuperação de delinquentes e políticas sociais de segurança publica
orientado políticos e governantes na elaboração de leis estudos e projetos
sociais de amplitude municipal estadual e federal.
Diretor do Núcleo de Estudos Avançados em Prevenção de Perdas do Conselho Nacional de Peritos Judiciais da República Federativa do Brasil
Auditor de Prevenção de Perdas e Perito Judicial